Imagem: foto de Luiz Mendonça
O SORRISO DA ENTREGA
Mirita Nandi
Quando ele me sorriu, quedei. Minha nudez estava estampada! Ah, fiquei desequilibra, tremi dentro do vestido, perdi o que era tido e toda calma. Seu olhar leu-me a alma e fiquei sem saída, invadida, revelada.
O seu sorriso era uma eficiente cantada. Ah, que coisa bem dada, eu virei flor despetalada e entreguei o jogo. Passei recibo, entrei no logro, na refrega. Foi só entrega: terra, água, mar e fogo.
E seu riso encheu a minha carne e me emprenhou. Grávida de amor, eu lhe dei todos os meus gozos atrasados, meus delírios escondidos, meus desejos arraigados, meus prazeres preteridos.
A minha boca louca aos quereres não calou e acasalou suas fantasias. O meu dorso sem haveres suportou sua selvageria. Minhas pernas eram os seus teres. E fui toda por um dia, ao ferverem as cercanias, sua serva mais vadia. E brilhei na maior treva como quem na vida leva o choque intenso da sua poesia.
Veja mais Crônica de amor por ela.
TODO DIA É DIA DE SER CRIANÇA!!!
Há 8 meses
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